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sábado, 21 de junho de 2014

Dia D.

Todo mundo já teve um dia muito especial na vida. Mas especial de uma maneira peculiar. O dia do desafio, no qual uma missão teve que ser executada sem a mínima possibilidade de falha. O dia em que o sol brilhou mais forte. O dia que não terminou. 

Aquele dia que já está marcado no calendário há semanas, meses ou até anos. E parece que o tempo não passa. E parece que passou rápido demais. 

O dia D, sabe? Nos embrulha o estômago só de pensar sobre ele. Nos dá um nó na garganta quando nos damos conta de que ele já está chegando. Já chegou!

Pode ser a prova final do semestre, dar à luz o primeiro filho, ou até mesmo jogar uma final de copa do mundo. Todo mundo já teve essa sensação. Se ainda não rolou, espera. Certamente vai acontecer. Mil motivos existem.
Estamos numa eterna busca e o frio na barriga é sempre o mesmo. A graça mora aí.

Mas ele fica ainda mais especial se temos consciência do nosso papel a ser desempenhado no espetáculo. A condução da primeira reunião na empresa ou a apresentação do temido TCC na faculdade, por exemplo. Já imaginou ser o camisa 10 da amarelinha num Maracanã lotado, pronto pra soltar o grito de hexacampeão!? Surreal. 

O dia D sempre chega. 

Nossas vidas são feitas de dias Ds, não é?

São deles que a gente vai lembrar lá na frente. Serão a respeito deles as histórias contadas aos nossos netos (sempre com detalhes exageradamente acrescentados durante a conversa).

Naquele propriamente "batizado" de Dia D, como se sentiram os soldados Aliados desembarcando no litoral francês, cientes de que choveriam metralhadoras sobre eles assim que pisassem na água rasa da praia?! Surreal. Wolverine e seu irmão malvado estavam lá, lembra do clipe no começo do filme? Tom Hanks também passou esse sufoco, antes de ir resgatar o Soldado Ryan.

O dia D pode ser o plantio da semente. Pode ser o fruto colhido. Pode ser tudo. Pode ser nada. Muitas vezes depende apenas do modo como o encaramos. 

Quando menos esperamos, a bola está no nosso pé. O microfone está na nossa mão. A responsabilidade está nas nossas costas. O riso ou o choro é reflexo das escolhas que tomamos.

O dia D é hoje. É amanhã. É logo depois.
Cedo ou tarde, ele chega. 

E aí, tá preparado?

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