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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Novo velho eu.



O que ando fazendo? As coisas que faço me fazem bem? Com quem estou "andando"? No que e para que essas pessoas me influenciam? É tudo novo? Ou será que é tudo velho? Pra que lugares tenho ido? Meu sorriso me acompanha até eles? Quantas perguntas. A resposta é clara e imediata?

Quando olhamos para dentro e nos fazemos perguntas como essas logo percebemos que estamos em constante metamorfose e que vivemos numa eterna busca por algo que não temos muita certeza do que é. Engraçado. Irônico. Trágico, talvez. Mas também importante e sadio.  

Ter esse tipo de reflexão nos ajuda, e muito, a saber quem somos. Conseguimos compreender o quão valiosas são as experiências do passado (ainda que recente) e o quão necessários são os investimentos no futuro (ainda que próximo). E me refiro a novas experiências, novas companhias, novos sentimentos. 

Viver do velho, ou ainda, deixar que a estagnação tome conta das nossas vidas é um grande desperdício. Vivemos apenas uma vez, dizem.

Claro que devemos conservar hábitos, atividades e companhias que nos completam há muito tempo. Os passos que demos ao longo da caminhada até aqui fazem parte da nossa essência. Mas nunca podemos nos privar das novas oportunidades que acabam aparecendo. E elas surgem a todo momento, de qualquer lugar. 

Tentar um novo visual, começar a praticar um novo esporte, aprender uma nova língua, tocar um novo instrumento e até mesmo entrelaçar as mãos com a nova pessoa (se tiveres uma) é mágico. É sublime se reinventar. 

O velho eu não vai desaparecer se pitadas de um novo forem sendo adicionadas. 

Aquilo que já é nosso só tem a crescer e a amadurecer à medida que novas peças são agregadas ao todo.  Novos lugares, novas pessoas e novas atividades só tem a acrescentar na nossa existência. 

No final das contas, as reflexões que fazemos acerca do nosso "eu" sempre tendem a ficar mais complexas. Inevitável, porém grande sinal de evolução.  

Seremos eternamente novas velhas pessoas.