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quarta-feira, 20 de março de 2013

Bom dia.


Quantas vezes por dia flagramos alguém jogar um cigarro pela janela do carro?
Este é apenas um exemplo de uma série de comportamentos que simplesmente pisoteiam na educação e tripudiam da boa convivência. E já faz um certo tempo que o "errado" tomou conta das nossas rotinas de ritmo acelerado e cego. E talvez já esteja deixando de ser tão errado assim. Preocupante.

Estranho pensar que o comportamento excepcional é dar a frente no trânsito, aguardar o tempo correto na fila e segurar a porta do elevador. E oferecer uma "carona" a um desconhecido no guarda-chuva? Impossível. E o velho golpe de fingir que está dormindo quando o ônibus lota? Esse é visto com freqüência também.

Nestes tempos em que a gentileza é raramente presenciada nas ruas, acabam tomados por "burros" aqueles que a praticam.  Chegar antes é o que conta. Azar de quem ficou pra trás.

É repugnante a cultura do "levar vantagem" que está impregnada nas pessoas do nosso país. 
Afinal, quem pensa no bem do próximo, antes mesmo do seu, nesta correria? Altruísmo, aqui? Compaixão, então? Nunca vimos. 
Ainda mais com a sombra, já consolidada no senso comum, da corrupção daqueles que supostamente deveriam reger nossa sociedade de maneira idônea, dando bons exemplos. 
Difícil exigir comportamento diferente do cidadão comum. Nem crianças de colo engolem o "faça o que eu digo, não faça o que eu faço".

Agora pare e pense. Ainda que a corrente leve para outro lado, não custa nada tentar praticar a gentileza. Com absoluta certeza, um ato de bondade, cedo ou tarde, acaba voltando e beneficiando aquele que o "cometeu". Comecemos falando mais "bom dia". 

Está na hora de criarmos uma consciência social e colocarmos em prática a educação que vem (ou deveria vir) de berço, independente dos exemplos contrários que nos cercam. Lembremos do que é realmente certo e do que é errado.

Ter um saco de lixo no carro não custa nada.  E lembrar que ainda somos civilizados, e vivemos em sociedade, também não tira pedaço. 

Vamos "cometer" o bem. Ele ainda é maioria, acredito.