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terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Pais e filhos.

"Você diz que seus pais não o entendem...". Que início maravilhoso de frase. Aposto que a essa altura, Renato já tinha se dado conta do verdadeiro papel dos pais na vida de um filho. E igualmente do valor deste na vida daqueles. 

Certamente já tinha compreendido que pais e filhos são pessoas distintas umas das outras, embora sejam sequências biológicas e/ou afetivas umas das outras. Nós filhos somos uma espécie de extensão do ser deles, os pais. 

Mas o que muitos, pais e filhos, não entendem, é que, apesar de tudo, não somos a sombra deles, necessariamente. E eles não são nossos modelos, necessariamente. 

Agradeça se tiver pais cujos exemplos tu possa seguir com devoção. Mas também não fique se cobrando por não conseguir fazer de tudo para ser ou agir exatamente ao seu modelo. Não viva à sombra deles. Somos pessoas diferentes, ainda bem. Tampouco os pais podem alimentar esse desejo. Isso pode sufocar.

Pais e filhos, sob a regra natural das coisas, devem nutrir entre si amor incondicional. Nada mais. 
Nada além do amor justifica essa relação tão estreita que a própria natureza criou, e vai continuar assim fazendo até o fim da aventura humana na terra. 

Portanto, tudo o que foge ao amor nas relações entre genitores e sua prole, não deve ser imposto, obrigado, nem cobrado por nenhuma das partes. Isso só as distancia. 
Afinal, tudo o que temos em mãos é um relógio, e o tempo que temos de convivência uns com os outros está contando. Está contado. Sempre esteve, desde as duras e gloriosas horas do parto. 

Vamos aproveitá-lo com o amor. 

Sem pressões, sem sombras, sem estátuas ocas. Vamos ter a compreensão como religião. Pais e filhos devem ser melhores amigos. Agradeça novamente se assim acontece contigo. 
Mas não culpe o universo ou seja lá quem queiras se as coisas não são tão ao estilo conto de fadas na tua vida. 

Somos pessoas diferentes, ainda lembra dessa parte do texto? Embora exista a máxima de que a fruta não cai longe do pé. 

"... mas você não entende seus pais". Seguiu assim a sua estrofe, aquele poeta. 

Lembremos sempre, pais e filhos, é daquele refrão. Pois o amanhã, na verdade, não há.

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