Quase inevitavelmente acabamos encontrando, em alguma ocasião, quem já foi a nossa “metade da laranja” um dia. Não importa quanto tempo já tenha passado. E qual é a nossa reação? Agimos naturalmente como se ela/ele fosse apenas um outro alguém ou temos uma avalanche de emoções e ficamos com as pernas tremendo, sentindo algo esquisito por dentro?
É uma situação bem curiosa essa de ter diante de si aquela
mesma pessoa, porém em uma circunstância completamente diferente. Vem logo à
cabeça: será que ela ainda é a mesma? E por que não: será que eu ainda sou o
mesmo? A resposta com quase absoluta certeza é “não”.
Todo mundo muda. E muda muito rápido. E muda de mais, às
vezes.
Mesmo que já tenhamos vivido um longo tempo afastados
dela/dele, poucas horas de conversa podem trazer à tona sentimentos que estavam
guardados lá no fundo. Quase esquecidos de tão bem guardados. E lidar com eles
pode se tornar um pouco difícil.
A realidade agora é outra. A pessoa à nossa frente já não é mais o nosso par.
Não é mais ela quem pergunta como foi o nosso dia. Aliás, nesses reencontros, o
máximo que pode sair da boca dela é um “e aí, como vai a vida?”. Extrapolando:
ela não é mais “ela”.
E é bem provável que isso aconteça com alguma frequência
durante as nossas vidas. Pessoas vêm e vão a todo o momento. Quem é tudo hoje,
pode ser nada amanhã. E vice-versa. Morremos de amor por uma pessoa hoje, mas
amanhã ela pode ser só mais uma. Ou melhor: no futuro, pode ser uma grande
amiga, por ter te conhecido de maneira profunda.
Temos que aprender a dizer “adeus” por mais difícil que
isso pareça em um primeiro momento. O fato de deixar a pessoa seguir o seu
caminho, e deixar a si mesmo tomar outro rumo, com novos pensamentos, novas
atitudes é muito complicado, porém importante. Acredito até que nos ocorra um
certo tipo de evolução espiritual quando conseguimos lidar com essa “separação”.
Diga adeus.
O reencontro com a antiga pessoa especial pode ser muito
mais agradável se já tivermos superado a sua partida. Olhar pra ela e
reconhecer que, por melhor ou pior que tenha sido, a “vida” que levaram juntos
ajudou a construir quem somos hoje, e quem ela é também. Veremos um pedaço nosso
nela/nele, se realmente a/o amamos em algum dia.
Afinal, é sempre amor mesmo que acabe.
Não podia ser mais verdade... E é bem assim. O amor é a mais pura forma de energia: nunca acaba, só se transforma...
ResponderExcluirUma coisa é certa: quando acaba, não sentimos nada. Não sei se fica nem a amizade. Isso vai depender da forma de como acaba. Vai depender de quem acabe. Qd vem do outro, lidamos de um jeito. Qd acabam, a reação é bem outra. Independentemente da forma, devemos estar equilibrados.Qd corpo e alma, estão em harmonia, tudo se resolve, cedo ou tarde, da melhor forma possível.
ResponderExcluirAgora, lá vai a boa e velha alfinetada: estaremos verdadeiramente harmonizados se não tivermos culpa no cartório, né... porque não me venham com discurso de superação, se em algum momento da relação, houve deslealdade. E isso, mesmo quando não há testemunhas, a consiência é a pior acusação. Não há como haver equilíbrio. E, mesmo que acabe, se a lição não for aprendida - e apreendida- cometeremos os mesmos erros, infelizmente.
Na hora do encontro, só consegue dizer adeus sem sentir a necessidade de olhar pra trás quem está resolvido. Resolva-se.